Foto: divulgação
Marcelo e Rodrigo morrem em confronto na Vila Maria Conceição na Capital
A Polícia Civil remeteu à Justiça, nesta sexta-feira, o inquérito policial que desvendou a autoria da morte de dois policiais militares em Porto Alegre. Dez dias após o assassinato de Rodrigo da Silva Seixas, 32 anos, e de Marcelo de Fraga Feijó, de 30 anos, quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. Lucas Iago da Rosa, 19 anos, foi preso em flagrante no mesmo dia da morte, 26 de junho, e o pai dele, que também morreu no confronto, Cléber da Rosa são dois dos responsáveis pelas mortes. Os outros dois são Rogério Duarte Nascente, 32 anos, o Rogerinho - que atuava como gerente de uma boca de tráfico no local do confronto, e Vladimir Cardoso Soares, 49 anos, conhecido como Xu, que era o líder de uma facção criminosa que dominava o tráfico de drogas na Vila Maria Conceição, onde os PMs morreram. Rogerinho foi preso durante a investigação.
Lucas, Xu e Rogerinho foram indiciados por duplo homicídio qualificado - com agravantes de morte de agentes de segurança pública e motivação por facilitar o tráfico de drogas - e por organização criminosa. Lucas e o pai, segundo a investigação apontou, eram seguranças do local. Eles estavam armados, com revólveres .38 (apreendidas, ambas deflagradas, usadas no confronto e que atingiram os policiais) por determinação de Rogerinho.
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De acordo com o delegado Guilherme Gerhardt, responsável pela investigação, Xu está foragido há mais de dois anos e já foi indiciado por mais de 10 crimes, entre eles homicídios e tráfico de drogas. As informações foram divulgadas em uma coletiva de imprensa na tarde de hoje, 10 dias após a morte dos PMs.
Ainda conforme o delegado, naquela noite, os policiais militares que faziam a segurança da área se dividiram em duas equipes. Lucas e Cléber, ao fugir de um dos grupos de patrulhamento, acabaram se encontrando com o grupo onde Feijó e Seixas estavam e deram início ao confronto.

Rodrigo Seixas foi enterrado em Caçapava do Sul (foto ao lado), cidade onde nasceu e morou e para onde desejava voltar. Ele morava na capital há 10 anos, desde quando iniciou sua carreira na Brigada Militar, com a esposa e uma filha de 3 anos de idade.